Tema: Desenvolvimento cognitivo e emocional da criança de zero a seis anos.
Data: 05/06/2019
Morro Dona Marta – Creche Mundo Infantil.
Palestrante Convidada: Drª Maria da Conceição Moraes Davidovich – Psicanalista com especialização em crianças e jovens.
Avaliação Professora Aline Cristina.
“A infância deve ser um tempo de brincadeira, pois é brincando que as crianças têm suas primeiras lições na vida.”
Através da afirmação acima concluímos que nas brincadeiras muitas vezes as crianças sinalizam fatos e até pedem ajuda mediante seus comportamentos.
Em nosso último encontro com a Dra. Maria da Conceição Moraes Davidovich, psicanalista, foi um dos temas que desenvolvemos em equipe. A nossa roda de conversa foi bastante rica em descobertas, aprendizados, trocas, muita valorização e uma busca pela criação de novas estratégias visando ajudar nossos alunos e seus familiares.
Dentro da sua metodologia de trabalho nos deu por inúmeras vezes espaço para que pudéssemos expor e pensarmos juntas para que cada uma com sua vivência contribuísse de alguma forma com a colega de profissão e assim identificando os vários casos que se complementam e respostas que servem de exemplo para todas.
Seguem alguns exemplos debatidos:
– Através da brincadeira identificamos a descoberta do corpo, e hoje sabemos até que ponto é sadio e quando se torna patológico. Fizemos várias observações e surgiram dúvidas, mas hoje sentimos um acolhimento dos nossos anseios e uma vontade enorme de poder fazer a diferença na vida dessas pessoas;
– Vimos que uma visita longa de um familiar na hora da entrada, nada mais é que um pedido de acalanto podendo ser uma possível depressão e uma identificação pessoal entre a mãe e a professora que sempre está pronta a ouvir;
– Quase sempre a Professora indaga: – se não existe uma outra questão clínica a ser diagnosticada? Mas não pode esquecer que atrás dos fatos existem a dor familiar, a aceitação, que somente após um trabalho poderá surgir a busca por respostas;
– Que um paninho na boca pode ser um refúgio pela ausência da mãe e que nós enquanto profissionais podemos sim ajudar a substituir por uma chupeta até que essa criança, como todas as outras, possa se adaptar e na hora certa avance a seu tempo e a seu modo.
O encontro foi conduzido por Dra. Conceição de uma forma calma e com respeito aos detalhes de cada história e indicou a estrada nos dizendo:
– Sigam em frente! E com olhar atento a cada uma de nós deixou a mensagem que o meio de transporte que nos levará até essa resposta é algo que a cada dia teremos um. Algumas vezes poderemos ir de bicicleta, de avião ou de skate, porém tudo isso dependerá de um suporte de uma psicóloga, de uma parceria com a família e a nossa força de vontade.
Portanto hoje a minha estrada me levou de volta a mais um encontro no Instituto João Ferraz de Campos o que me faz sentir uma profissional cada vez melhor querendo sempre doar às crianças mais e mais.
Não existe busca sem querer e não existe querer sem apoio e o melhor apoio é aquele que vem de pessoas que acreditam que é possível mudar a educação e cada dia mais transformar a educação infantil na brincadeira mais séria e prazerosa que uma criança pode vivenciar.
Aline Cristina